Cantique de Jean Racine, Op. 11

Cantique de Jean Racine, Op. 11

Gabriel Fauré

 

Verbe, égal au Très-Haut, notre unique espérance,Verbo, igual ao Altíssimo, nossa única esperança,
Jour éternel de la terre et des cieux,Dia eterno da terra e dos céus,
De la paisible nuit nous rompons le silence :Da noite tranquila, rompemos o silêncio:
Divin Sauveur, jette sur nous les yeaux.Divino Salvador, lança sobre nós teus olhos.
  
Répands sur nous le feu de ta grace puissante ;Derrama sobre nós o fogo de tua graça poderosa;
Que tous l’enfer fuie au son de ta voix ;Que todo o inferno fuja ao som de tua voz;
Dissipe ce sommeil d’une ame languissante,Dissipa este sono de uma alma abatida,
Qui la conduit dans l’oublie de tes loix.Que a conduz ao esquecimento de tuas leis.
  
O Christ, sois favorable à ce peuple fidele,Ó, Cristo, sê clemente com teu povo fiel,
Pour te beénir maintenant assemblé ;Agora reunido para te bendizer;
Reçois les chants qu’il offre à ta gloire immortelle,Receba os cantos que ele oferece à tua glória imortal
Et de tes dons qu’il retourne comblé.E de tuas dádivas, que ele volte preenchido.

Dados

“Cântico de Jean Racine Op. 11” – composição para coro misto e piano ou órgão.

O texto é uma paráfrase que Racine fez do hino Consors paterni luminis, que fazia parte da “Liturgia das Horas”. O hino era cantado nas Matinas (ou Ofícios de Leitura), que ocorriam nas primeiras horas da madrugada.
Fauré musicou o texto entre 1864 e 1865 para participar de um concurso de composição na École Niedermeyer de Paris, antiga École Choron, dirigida por Louis Niedermeyer, dedicada ao estudo e à prática de música sacra. Fauré tinha 19 anos e ganhou o primeiro prêmio com esta obra.

Tradução: Flávio Moreira

Eixo Multidisciplinar de Produção de Materiais Didáticos.
Projeto PUB 2019-2020, Coro de Câmara Comunicantus: ensino da performance e produção de materiais didáticos.
Coordenação: Susana Cecilia Igayara-Souza